O QUE É FONOAUDIOLOGIA?

Conhecida por sua atuação em voz e fala, a Fonoaudiologia não se restringe a isso. É a ciência que cuida de todos os processos de comunicação humana e seu desenvolvimento, da sucção do leite materno à deglutição na melhor idade.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

São 14 as áreas da Fonoaudiologia:

AUDIOLOGIA
LINGUAGEM
MOTRICIDADE OROFACIAL
SAÚDE COLETIVA
VOZ
DISFAGIA
FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL
GERONTOLOGIA
FONOAUDIOLOGIA NEUROFUNCIONAL
FONOAUDIOLOGIA DO TRABALHO
NEUROPSICOLOGIA
FLUÊNCIA
PERÍCIA FONOAUDIOLÓGICA
FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR

HISTÓRIA

Para falar sobre o surgimento da Fonoaudiologia no Brasil é importante destacar em que área situa-se o início do histórico (Didier, 2001). Isto porque os autores que estudaram a origem da Fonoaudiologia no Brasil têm indicado, de modo geral, que diferentes contextos políticos e linguísticos influenciaram o início da prática fonoaudiológica em diferentes regiões do país (Berberian, 1997, 1998; Didier, 2001).

De modo diferente, no Nordeste (décadas de 20 e 30), os primórdios da Fonoaudiologia estão relacionados a questões políticas não partidárias, ligadas à educação e saúde das classes desfavorecidas economicamente, partindo, especificamente, do fracasso na alfabetização destas classes. Naquele momento, existia o preconceito da incapacidade para a aprendizagem decorrente das condições deficitárias de vida. O interesse pelo estudo dessa população levou ao conhecimento de que boa parte dela apresentava problemas de linguagem. Assim, alfabetizadores (das escolas públicas) e profissionais da área médica, preocupados com essa questão, procuravam conhecer as causas dos problemas de linguagem, as quais, na maioria das vezes, estavam relacionadas a aspectos orgânicos ou ao preconceito quanto à capacidade para aprender a ler e escrever. A identificação dos referidos aspectos foi ponto de partida para a definição e delineamento de técnicas de reabilitação para a primeira causa – primórdios da Fonoaudiologia Clínica e de realfabetização para a segunda causa – primórdios da Fonoaudiologia Escolar.

Nas décadas de 40, 50 e 60, várias instituições, a maioria de caráter educacional, possuíam serviços de reeducação de linguagem, como por exemplo, o Instituto Domingos Sávio (destinado ao trabalho educacional com crianças surdas) e as escolas especiais da Associação de Pais e Amigos do Excepcional – APAE, Instituto Pestallozzi, Escola Ulisses Pernambucano, além do Serviço de Educação Especial da Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco. Nesse período, os profissionais que estavam envolvidos com estes problemas, receberam diferentes denominações: “realfabetizadores”, “reeducadores” de linguagem e “logopedistas”. A denominação “fonoaudiólogo” só viria a ser utilizada na proximidade da implantação do curso de Fonoaudiologia.

Em 1976, foi aprovado pelo Conselho Federal de Educação o 1o Currículo Mínimo para o Curso de Fonoaudiologia. O profissional formado por este currículo valorizava o tecnicismo, buscando, assim, a reabilitação das manifestações patológicas da linguagem.

Durante a década de 70 e início dos anos 80, em todo o Brasil, os cursos de Fonoaudiologia formavam tecnólogos e tinham uma duração de 2 anos e 6 meses, com carga horária de 1.800 horas/aula. Por força da Lei de no 6.965, de 09 de dezembro de 1981, a profissão de fonoaudiólogo foi regulamentada e reconhecida em todo o território nacional. Por essa razão, o dia 09 de dezembro foi instituído o “Dia do Fonoaudiólogo”.

Além de regulamentar a profissão, com a Lei, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Fonoaudiologia, tendo como principais finalidades normatizar e fiscalizar o exercício profissional. As atividades do Conselho Federal de Fonoaudiologia tiveram início em 1983. Em 15/09/84, pela Resolução CFFa N° 010/84, foi aprovado o primeiro Código de Ética da profissão, que elencava os direitos, deveres e responsabilidades do Fonoaudiólogo, inerentes às diversas relações estabelecidas em função de sua atividade profissional (Adaptação da Declaração de Genebra 1948, Conselho Federal de Fonoaudiologia).

Em uma resolução posterior (06/83), o Conselho Federal de Educação transforma todos os cursos de formação de Tecnólogos em “Cursos de Graduação Plena em Fonoaudiologia”, equivalente ao Bacharelado, exigindo, com isso, uma reformulação curricular em todos os cursos existentes.

Este novo Currículo Mínimo, contudo, ainda mantinha uma forte influência do tecnicismo, herança das décadas passadas. Para que fosse possível acompanhar o avanço científico e tecnológico que ocorria na área, esse currículo passou a sofrer, paulatinamente, algumas modificações, na tentativa de acompanhar o ritmo evolutivo da ciência, além de minimizar a influência do tecnicismo. Iniciou-se, então, uma ampla discussão em torno do currículo do curso, abrindo caminhos para se questionar um novo rumo para a Fonoaudiologia enquanto ciência.

No início da década de noventa, a necessidade de revisão dos currículos para a formação do fonoaudiólogo passou a ser alvo de fortes discussões, diante das exigências de uma sociedade cada vez mais pluralista. Ainda no final dessa década, em 1998, o MEC, através de uma comissão de especialistas na área, inicia a elaboração das novas Diretrizes Curriculares para os cursos de Fonoaudiologia, objetivando atender às grandes mudanças e aos avanços dessa ciência.

Em 2002, o Conselho Nacional de Educação aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação da Área de Saúde, que incluía o Curso de Fonoaudiologia. Essas Diretrizes preocupam-se, essencialmente, em garantir uma sólida formação básica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das condições atuais de exercício profissional.

SÍMBOLOS

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Os símbolos emblemáticos da Fonoaudiologia foram oficializados pela Resolução No 278, de 07/07/2001, do Conselho Federal de Fonoaudiologia.

Em seu Artigo 1°, a Resolução N° 278 estabelece os seguintes símbolos da Fonoaudiologia:

“01. Heráldico: constituído da seguinte forma: um círculo contendo em sua parte superior o nome da profissão – “Fonoaudiologia” em cor azul royal; ao centro a letra “F” estilizada, na cor vermelha; ao fundo e ao redor da letra “F” duas figuras geométricas, de forma côncava, raiadas e em sua parte inferior, losangos na cor vermelha, conforme matriz à disposição na sede dos Conselhos de Fonoaudiologia. A forma estilizada no centro do heráldico tem dupla significação e referencia-se à emissão e recepção do som pelo corpo humano. O “F”, de Fonoaudiologia, em primeiro plano no heráldico, lembra o despertar da serpente em movimento ascensional. Esse movimento nas práticas derivadas da sabedoria oriental, desperta o homem para a compreensão mais ampla da vida e do universo. Nesse sentido é também força de cura, de vivificação e os raios do outro referenciando-se à emissão e recepção do som pelo corpo humano”.

“02. Anel: o anel de grau do Bacharel de Fonoaudiologia deverá ter as seguintes características: pedra – Safira azul, que representa o saber, enquanto busca permanente do conhecimento, para servir ao outro. O heráldico pode ser usado nos dois lados do anel. O profissional fonoaudiólogo poderá optar apenas pela pedra não se utilizando do heráldico da Fonoaudiologia”.

“03. Data: fica oficializado o dia 09 de dezembro como o ””Dia do Fonoaudiólogo”””.

COR

A Resolução do CFFa no 278, de 07 de Julho de 2001, deixa bem claro em seu artigo 1o inciso 2 que o anel de grau do Bacharel de Fonoaudiologia deverá ter a seguinte característica: pedra Safira Azul, que representa o saber, enquanto busca permanente do conhecimento, para servir ao outro. O parágrafo único deste mesmo artigo explica que o CFFa é o detentor dos direitos autorias do heráldico oficial e símbolos da Fonoaudiologia, portanto, a cor correta da pedra do anel é mesmo safira azul.

 
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