CFFa recomenda cuidados com a doença causada pelo novo Coronavírus


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O Conselho Federal de Fonoaudiologia recomenda cuidados com a doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), a Covid-19, declarada pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde), nas atividades ou atendimentos realizados pelos fonoaudiólogos.

Sabe-se que o período de incubação do novo coronavírus é de 5 a 14 dias, sendo que a transmissão pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informação suficiente sobre quantos dias antes da manifestação de sinais e sintomas uma pessoa infectada pode transmitir o vírus. Atualmente, a taxa de mortalidade é de cerca de 2% de todos os infectados, mas esse número varia drasticamente conforme a idade e o estado de saúde de cada pessoa.

O número de casos confirmados tem avançado nos últimos dias, já estando comprovada a transmissão comunitária. O Ministério da Saúde vem atualizando diariamente os dados acerca do número de casos confirmados de Covid-19 no mundo e no Brasil. Os dados consolidados e atualizados pelos municípios, estados e pela OMS, incluindo a lista de países com transmissão local, estão disponíveis na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (IVIS), disponível no endereço eletrônico http://plataforma.saude.gov.br/novocoronavirus/

Aos Fonoaudiólogos, recomenda-se atenção e o uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), evitando exposição e contágio pelo novo coronavírus.

Os sintomas são similares a uma gripe. Geralmente é uma doença do trato respiratório superior, de leve a moderada, mas alguns casos podem ser graves. Os sintomas mais comuns são: febre, tosse e dificuldade para respirar. Alguns pacientes podem apresentar cansaço, dores no corpo, mal-estar geral, congestão ou corrimento nasal, dor de garganta ou dor no peito e febre. Naqueles indivíduos com um sistema imunológico enfraquecido, idosos e muito jovens, há uma chance do vírus causar uma doença do trato respiratório mais baixa e muito mais grave, como uma pneumonia ou bronquite. Apresentar os sintomas não significa necessariamente que a pessoa tem a doença, porque são sinais semelhantes à outras doenças muito mais comuns, como gripes e resfriados.

Em caso de sintomas detectados, os fonoaudiólogos deverão encaminhar os pacientes para atendimento médico a partir dos sintomas relatados e suspender o atendimento fonoaudiólogico pelo tempo determinado pela equipe de saúde.

Sendo assim, o CFFa recomenda:

– Nos atendimentos em consultórios, clinicas de saúde ou instituições de longa permanência:

– Higiene das mãos antes e depois de contato com pacientes e materiais; antes e após colocar e remover os EPIs; é fundamental melhorar drasticamente seu HÁBITO DE LAVAR AS MÃOS. Sabão e água são tão eficazes como desinfetantes para as mãos, assim como álcool gel 70%. Lave suas mãos o máximo possível. Tente lavar as mãos por até 30 segundos de cada vez. Fazer isso deve ser de sua responsabilidade pessoal.

– Realizar a limpeza e desinfecção de objetos e superfícies tocadas pelos pacientes ou equipe, com frequência;

– Evitar exposições desnecessárias entre pacientes, profissionais e instituições de longa permanência;

– Orientar familiares, cuidadores e população em geral sobre as medidas de prevenção e controle do Covid-19;

– Manter-se informado por meio de fontes de informação oficiais;

– Cumprir as medidas de controle de infecção, tanto institucionais quanto dos órgãos como Ministério da Saúde, ANVISA e Secretarias de Saúde;

– Máscaras cirúrgicas: As máscaras faciais são recomendadas apenas para uso por indivíduos sintomáticos (aconselhados por um profissional de saúde) e para profissionais da área da saúde, para reduzir o risco de transmitir a infecção a outras pessoas. Devem ser trocadas a cada 2 horas, sendo removidas usando técnica apropriada (não tocar na frente, removendo sempre por detrás). O uso não substitui a higienização das mãos.

– Em atendimentos em domicílio e homecare: além das recomendações descritas acima, cumprir com as seguintes determinações:

– Higienizar as mãos antes e depois de contato com pacientes e materiais; antes e após colocar e remover os EPIs. Utilizar os seguinte EPI’s nos atendimentos: protetor ocular, luvas, avental/capote, máscara padrão de segurança (N95, N99, N100, somente em casos específicos) e máscara cirúrgica (evitar tocar na máscara, não tocar na frente; remover sempre pegando por detrás). A cada atendimento, substituir a máscara usada por uma nova, limpa e seca;

– Uso de luvas de procedimento: nunca tocar desnecessariamente superfícies e materiais (telefone, maçanetas, portas) quando estiver com a luva; o uso de luvas não substitui a higiene das mãos; proceder à higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas;

– Uso do avental descartável: Deve ser utilizado durante o atendimento e devidamente descartado após o uso;

– Equipamentos de uso compartilhado entre os pacientes (estetoscópios, aparelhos de aferir pressão, massageadores e outros) devem ser limpos e desinfetados com álcool 70% após cada uso;

– Nos ambientes hospitalares, recomenda-se seguir as deliberações de cada hospital.

Em todas as situações de atendimento, é importante perguntar sobre sintomas para verificar a possibilidade de contaminação prévia pelo SARS-CoV-2.

A Secretaria de Atenção Primária à Saúde publicou o Protocolo de Manejo Clínico do Novo Corona Vírus (COVID-19) na Atenção Primária à Saúde, anexo.

É necessário seguir as recomendações do Ministério da Saúde, assim como das Secretarias Estaduais de Saúde. Preste atenção sobre as recomendações do seu Estado.

O momento pede ações conjuntas entre sociedade, pesquisadores e profissionais de saúde para que busquem o rápido enfrentamento desta pandemia, diminuindo os danos à saúde da população e as consequências sociais e econômicas em nosso país.

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